quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Joelmir Beting - 21 de dezembro de 1936 - 29 de novembro de 2012

Esta postagem é uma homenagem a um escritor, principalmente de cronicas econômicas, que com seu estilo de tentar exemplificar o complexo conquistou muito admiradores ao longo do tempo.
 






http://www.joelmirbeting.com.br/


Livros de Joelmir Betting 


http://imagens2.estantevirtual.com.br/imagens/capas/31783327.jpg
Ed. Impress. 1 ed. 1973
 SINPOSE
"Os fatos e as versões da Economia". Este livro não faz teoria economica. Com ele o autor tenta mostra que no vasto mundo da economia há limites físicos que não podem ser impunemente transpostos, por maiores e mais válidas que sejam as intenções políticas da sociedade dos homens.... 


http://imagens2.estantevirtual.com.br/imagens/capas/1254722.jpg
Ed. Brasiliense. 1 ed. 1985

 Sinopse
"... este livro é a porimeira grande repostagem da guerra da espoliação terceiro-mundista, com suas cuasas e seus efeitos. Do "front", ao vivo, Joelmir Beting dispara a primeira entrevista exclu siva de Fidel Castro a um jornalista brasileiro - uma conversação de 15 horas, em Havana, no gabinete do Conselho de Estado, sobre o desdobramento politico do impasse fisico da "dbt crisis", que Fidel prefere chamar de "debt bomb"...

 


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Biografia por ele mesmo disponivel no site

Biografia de Joelmir Beting

Joelmir Beting



Capa VipJoelmir José Beting é meu nome completo. O nome da família é Betting com dois T. Parece nome inglês, mas é nome alemão da Westphalia, fronteira com a Holanda. A família veio de Metelen, perto de Munster, nos idos de 1864, a bordo do paquete holandês Challenger.
E bota desafio nisso. Juntamente, no mesmo barco, com outras 42 famílias de Metelen e arredores, os colonos alemães foram contratados, previamente, pela Fazenda Ibicaba, na boca do sertão de Limeira, então braço avançado de Campinas, SP.

Hoje tombada pelo Patrimônio Histórico, a Ibicaba funcionou como central de suprimentos de alimentos e uniformes para a soldadesca enfiada no "front" da Guerra do Paraguai. Minha família era de tecelões, para os uniformes. O forte de Ibicaba era a introdução do café em bases modernas, com mão-de-obra importada da Alemanha e da Suiça. Fazenda de propriedade do Senador Vergueiro e do Brigadeiro Luiz Antonio. O internauta paulistano dirá: mas isso não é uma fazenda; é uma esquina. Não por caso, esquina famosa do centro velho de São Paulo . Deixo para depois a história deEstadão Ibicaba e o fio da meada puxado de Limeira até Tambaú, via Pirassununga.

Nasci em Tambaú, em 21 de dezembro de 1936. Ali trabalhei e estudei até 1955. Fui bóia-fria aos sete anos de idade. Desembarquei em São Paulo com a roupa do corpo, literalmente empurrado pelo Padre Donizetti Tavares de Lima (1890-1961), meu gurú espiritual (e profissional). Ele me orientou para estudar Sociologia na USP e "fazer carreira no jornalismo", Eu queria seguir carreira no magistério, tal como fizeram dois brilhantes colegas de turma: Francisco Weffort e Ruth Cardoso.

Acabei resvalando para o jornalismo, entrando pela porta da imprensa esportiva já em 1957, ainda cursando a USP. Fiz futebol nos jornais O Esporte e Diário Popular e na rádio Panamericana(que virou Jovem Pan). Em 1962, sociólogo formado, troquei o jornalismo esportivo pelo jornalismo econômico. Inicialmente, como redator de estudos de viabilidade econômica para projetos desenvolvidos por uma consultoria de São Paulo.

Em 1966, pelas mãos de Gilberto Adrien, diretor comercial da Folha de S.Paulo, fui resgatado pelo jornalismo diário para lançar uma editoria de Automóveis no caderno de Classificados. RevistasReferência: uma tese acadêmica na USP, nota 10, de minha autoria, datada de 1962, monitorada pelos professores Azis Simão e Fernando Henrique Cardoso, versando sobre "Adaptação da Mão-de-Obra Nordestina na Indústria Automobilística de São Paulo".

A cobertura do mercado de automóveis ganhou luz própria e acabei premiado, em 1968, com a nomeação para o cargo de Editor de Economia da Folha de S.Paulo. Onde encontrei tempo e espaço para lançar minha coluna diária em 7 de janeiro de 1970. A mesma coluna foi, por anos, publicada simultaneamente por quase meia centena de jornais brasileiros, com timbre da Agência Estado. Troquei a Folha de S.Paulo pelo O Estado de S.Paulo em agosto de 1991, juntamente com Paulo Francis.

ChargeA coluna diária foi meu pau-da-barraca profissional. Com ela, desbravei o economês, vulgarizei a informação econômica, fui chamado nos meios acadêmicos enciumados de "Chacrinha da Economia", virei patrono e paraninfo de 157 turmas de formandos em Economia, Administração, Engenharia, Agronomia, Direito - bem mais que Dom Helder, Dom Evaristo, Tristão de Athayde, Chateaubriand, Juscelino...

A coluna diária - ininterrupta, até 30 de janeiro de 2004, - igualmente foi meu trampolim para inaugurar, ainda em 1970, a informação econômica diária em rádio (Jovem Pan, Gazeta, Bandeirantes e CBN) e em televisão (Gazeta, Record, Bandeirantes e Globo, nesta a partir de agosto de 1985, até julho de 2003, passando pelo "Espaço Aberto" na GloboNews, e de volta à Bandeirantes, em março de 2004.

Multimídia há três décadas, ataquei também de livros com "Na Prática a Teoria é Outra"(1973) e "Os Juros Subversivos"(1985) e dezenas de ensaios para revistas semanais, como um muito especial, tratando dos efeitos da inflação, "Párias do Quatrilhão", para a "Veja" do Natal de 1996.

Outra atividade profissional de grande peso em minha carreira é a de conferencista no Brasil e no Exterior. Realizo, em média, oito palestras por mês em empresas, convenções, simpósios, congressos e seminários. Onde eu me reencontro com a profissão que pretendia seguir nos tempos da USP: o magistério.

ChargeSim, trabalho e estudo 15 horas por dia, desde minha infância em Tambaú. Minha mulher, Lucila, segura a prensa desde nosso casamento indissolúvel, em 14 de abril de 1963. E meus dois filhos, Gianfranco, publicitário e webmaster, e Mauro, comentarista esportivo de jornal e televisão, também trabalham, pesquisam e estudam hoje 15 horas por dia.
Aqui neste Perfil, farei desfilar um vasto material em texto, som e imagem do que andei fazendo nestes mais de 40 anos de jornalismo. Com pelo menos uma dezena de histórias pessoais que mostram que o jornalismo econômico, entre outras coisas, é também uma profissão fisicamente perigosa. Um dia eu conto.
São Paulo, fevereiro 2004





Capa Vip




quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A FILHA DO DIRETOR DO CIRCO - Baronesa Ferdinande von Brackel

Ferdinande Maria Theresia Freiin von Brackel. Der Tochter des Kunstreiters. J. B. Bachem. Köln. 1875

GOOD FLOWERS


Ferdinande Maria Theresia Freiin von Brackel (* 24. Novembro de 1835 in Welda; † 4. Janeiro de  1905 in Paderborn - Alemanha) foi uma escritora que também publicou livros com o pseudonimo E. Rudorf.  Publicou 20 livros sendo traduzido em portugues somente o livro Die Tocher des Kunstreiters, publicado na Alemanha em 1875 e publicado no Brasil pela Typographia ds "Vozes de Petropolis" em 1913. Tendo seguidas reedições pela então editora Vozes. O tradutor foi Isocrates, traducao feita da 25 ed em alemao foi ajudado por Maria Eugenia de Affonso Celso, filha do escritor e conde Affonso Celso.

Bibliografia
  • Am Heidstock, 1881
  • Aus fernen Landen
  • Daniella, 1879
  • Die Enterbten
  • Gedichte
  • Heinrich Findelkind
  • Im Streit der Zeit
  • Der Lenz und ich und du
  • Letzte Ernste
  • Mein Leben. Autobiographie
  • Nicht wie alle anderen
  • Nora
  • Prinzeß Ada
  • Der Spinnlehrer von Carrara
  • Die Tochter des Kunstreiters, 1875
  • Vom alten Stamm
  • Wem gebührt die Palme


CapaDie Tochter des Kunstreiters


Este livro é disponível no site do Projeto Gutemberg - A filha do diretor do circo - edição em alemão

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Artigo em alemão referente as comemorações de 175 anos de nascimento da escritora católica - Ferdinande von Brackel (http://www.nw-news.de/lokale_news/warburg/warburg/4010486_Aus_der_Feder_der_Ferdinande.html)

Aus der Feder der Ferdinande
Vor 175 Jahren wurde die Schriftstellerin Ferdinande von Brackel in Welda geboren

VON MARTIN STOLZENAU UND SANDRA WAMERS


Lesestunde | FOTO: SANDRA WAMERS

Welda/Warburg. Cuno Freiherr von Brackel setzt sich auf sein Sofa im Arbeitszimmer und klopft auf das dicke Polster: "Darauf hat schon Ferdinande von Brackel gesessen", freut sich der Urgroß-Neffe der berühmten Schriftstellerin. Links neben dem Sofa an der sonnengelben Wand hängt das Bildnis der Baronesse von Brackel, die am heutigen Tag vor genau 175 Jahren in Schloss Welda geboren wurde.

Ferdinande von Brackel gilt unter Literaturwissenschaftlern als die "talentvollste und bedeu-tendste der katholischen Schriftstellerinnen" in der zweiten Hälfte des 19. Jahrhunderts. Viele ihrer Leser zählen ihre Schöpfungen zu den "besten Leistungen des weiblichen Schrifttums überhaupt". Damit ging die Autorin mit einem großen Interesse für soziale Fragen in die deutsche Literaturgeschichte ein. Trotzdem sucht man ihren Namen im Unterschied zu Annette von Droste-Hülshoff aus dem benachbarten Münster in den wichtigsten literaturwissenschaftlichen Nachschlagewerken vergeblich.

Die Freiin wurde am 24. November 1835 auf Schloss Welda geboren. Ihr Vater war ein reicher Gutsbesitzer, der seinen Kindern viele Freiräume gab. Tochter Ferdinande war ein kränkliches Kind, das vom Dorfpfarrer unterrichtet wurde und früh eine innige Beziehung zur Literatur entwickelte. Sie las viel, begeisterte sich für die Schöpfungen von Emanuel Geibel, der in romantischer Verklärung dichtete sowie als Übersetzer antiker Literatur Verdienste erwarb. Sie verfasste schon früh eigene Gedichte analog zu ihrem Vorbild. Dazu schrieb sie als 17-Jährige ihren ersten Roman. Die Familie tolerierte die literarischen Ausflüge der Freiin, die sich krankheitsbedingt lange auf das heimische Schloss und die Heimatregion beschränkte.

Info

Werke und Würdigungen

Neben Annette von Droste-Hülshoff gilt Ferdinande Maria Theresia Freiin von Brackel als berühmteste Schriftstellerin Westfalens. In "Die Warte" Nr. 27 von 1966 wurde ihr Werk ausführlich gewürdigt. Danach wurde die Autorin auch im Westfälischen Literaturführer aufgenommen. Die Baronesse veröffentlichte über 20 Bücher. Eine Auswahl: Am Heidstock, Aus fernen Landen, Daniella, Die Enterbten, Heinrich Findelkind, Im Streit der Zeit, Der Lenz und ich und du, Letzte Ernste, Nicht wie alle anderen, Prinzeß Ada, Der Spinnlehrer von Carrara, Die Tochter des Kunstreiters, Vom alten Stamm, Wem gebührt die Palme. Darüber hinaus schrieb von Brackel eine Autobiographie unter dem Titel "Mein Leben". (sw)

In den Kriegsjahren 1864, 1866 und 1870 begeisterte sie sich politisch für ein starkes Preußen als Führungsmacht in Deutschland und für die Reichseinigung unter preußischer Führung. Die deutsche Einigung war ihr sehr wichtig. Dazu gesellten sich im wachsenden Maße sozialkritische Fragen aus einer kirchlichen Sicht. Das schlug sich in Versen und in Prosa nieder, was ihr das Lob bekannter Schriftstellerkollegen bis hin zu Emanuel Geibel eintrug.

Die Schriftstellerei war für eine Frau und noch dazu für eine Freiin schon aus Standesgründen eher ungewöhnlich. Entsprechende Vorurteile hatte auch bereits Annette von Droste-Hülshoff erfahren. Ferdinande von Brackel hatte weit weniger Selbstbewusstsein als die Kollegin. Doch an Hartnäckigkeit stand sie ihr nicht nach. Nachdem sie sich zuerst verstärkt der Versdichtung gewidmet hatte, lag in der zweiten Lebenshälfte das Schwergewicht auf der Prosa. Mit Erfolg.

Nach "Heinrich Findelkind" brachte ihr der Roman "Die Tochter des Kunstreiters", der 1875 erschien, den großen Durchbruch. Schlagartig war die aufstrebende Autorin in aller Munde. Es gab Nachauflagen und das Buch wurde in fünf Sprachen übersetzt. Ein internationalen Bestseller. Die kränkliche Freiin, die die Gesellschaft eigentlich scheute und schriftstellerte, war nun wer. Von der "Tochter des Kunstreiters" schwärmt auch ihr Ahne, Cuno von Brackel: "Eine tolle Liebesgeschichte."

Der 62-jährige Jurist ist ihr Sammler. Über 100 Bücher der Baronesse hat er in seiner Bibliothek, ebenso viele Manuskripte. "Sie schrieb nicht nur viel, sondern auch sehr groß", erzählt von Brackel. Ihre Schreiberei hatte Ferdinande auch einen Spitznamen eingebracht. "Die Tinte hat ihr Onkel, der Jesuiten-Pater Franz, sie genannt." Die Autorin starb 1905 in Paderborn. Ihr Grab ist in Welda.


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 Edição em espanhol







La hija del         director de    circo : Noverla orig. / Baronesa Fernanda de Brackel. Trad. española por Eloíno Nácar Fuster. 4 ed. Barcelona: Herder. 1946. 405 p.
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Edição Inglesa









































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EDIÇÕES BRASILEIRAS -  A FILHA DO DIRETOR DO CIRCO





http://www.sebodomessias.com.br/loja/imagens/produtos/produtos/61/614571_441.jpg
Typographia das Vozes de Petropolis. 1913. 1 ed. 738 p.








11 ed. 1961. 510 p







Ferdinande von Breckel. 11 ed. Editora Vozes.1961. 509 p





  12 ed. Vozes. 1971. 452 p.











1209 Livro - F Von Brackel: A Filha Do Diretor Do Circo
Adicionar legenda



Sinopse



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Mercado Editorial: Este livro e considerado raro ou rarissimo paradoxalmente as edições mais recentes dos anos 80 tem maior preço que as edições mais antigas. Tem valores variando entre R$ 20-30 para as edições dos anos 20-30 e valores acima de R$ 100 para as edições dos anos 80.

domingo, 18 de novembro de 2012

Série livros sobre Amazônia- MAD MARIA - Márcio Souza


Márcio Gonçalves Bentes de Souza (Manaus, 4 de março 1946) é um escritor brasileiro, autor de diversas obras inseridas no ambiente sociocultural da Amazônia, tais como Mad Maria, Galvez, Imperador do Acre, Plácido de Castro contra o Bolivian Syndicate, Zona Franca, meu amor, Silvino Santos: o cineasta do ciclo da borracha, entre outras.
Destacou-se também como cineasta e ensaísta (A selva; A expressão amazonense do neolítico à sociedade de consumo). Mais recentemente, tem-se dedicado a uma tetralogia sobre os anos em que a antiga Província do Grão-Pará, que fora durante todo o período colonial um Estado separado do Estado do Brasil, atravessou a série crise de sua anexação ao Brasil e de revoltas contra o poder do Rio de Janeiro e/ou contra a desigualdade social, de que padeciam sobretudo os negros e os indígenas.
Foi também presidente da Funarte entre 1995 e 2003, no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Fonte: Wikipédia


Resenhas: Mad Maria
 
 Mad Maria, escrito em 1980, é o segundo livro de Souza e a narrativa transcorre no interior da Amazônia. O livro relata a construção da ferrovia Madeira-Mamoré, entre 1907 e 1912. Na época os investidores tinham o objetivo de construir uma estrada que pudesse competir com o Canal do Panamá. A ferrovia integraria uma região rica em látex na Bolívia com a Amazônia, mas no caminho, encontraria obstáculos descomunais: 19 cataratas, 227 milhas de pântanos e desfiladeiros, centenas de cobras e escorpiões, árvores gigantescas e milhões de mosquitos transmissores de malária. Antes de terminadas as obras, 3,6 mil homens estavam mortos, 30 mil hospitalizados e uma fortuna em dólares desperdiçada na selva.

“Mad Maria é um romance sem complacência, uma Ilíada proletária onde os deuses são substituídos por políticos corrompidos, Norte-Americanos rapinantes. Chefes sem piedade, e seria errôneo acusar Márcio Souza de maniqueísmo: nenhum de seus personagens redime o outro, Finnegan, o mais confiante, o mais idealista, o mais fraternal, acabará na pele de um assassino. Assim são as coisas em uma Amazônia que deveria inspirar coesão, solidariedade, mas que exacerba egoísmo, multiplica suscetibilidade e conflitos, sacrifica o melhor pelo pior...

Há algo de Zola e de Jack London em Mad Maria. O importante não é este ou aquele personagem, mas a vitória do sistema. Ninguém sai ileso. Aqueles que tentam escapar terminam em bordéis ou, mais radicalmente, acabam decapitados.

Com Mad Maria, Márcio Souza assinou um romance amargo e vingador, sarcástico às vezes. Porém, para dizê-lo cinicamente, o que pode uma flecha de curare contra um exército de bulldorzes?” Jacques Meunier, Lê Monde, 21 de agosto de 1986.

Ao escolher os episódios mais macabros e inacreditáveis dos registros históricos dos cinco anos da construção da ferrovia e concentrando-os em três meses de pesadelo, Márcio Souza força o leitor - neste momento já quase um personagem emaranhado na vegetação - a confrontar o inferno. Mad Maria é um romance amargo e vingador, sarcástico, às vezes. Uma obra-prima da literatura brasileira.

Mad Maria - Márcio Souza
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Márcio Souza tem recontado a história do Brasil de forma admirável ao longo de sua carreira. Seguindo os passos de Galvez, o imperador do Acre, Mad Maria é mais um romance memorável do escritor.

O livro relata a construção da ferrovia Madeira-Mamoré, entre 1907 e 1912. Na época os investidores tinham o objetivo de construir uma estrada que pudesse competir com o Canal do Panamá. A ferrovia integraria uma região rica em látex na Bolí­via com a Amazônia, mas no caminho, encontraria obstáculos descomunais: 19 cataratas, 227 milhas de pântanos e desfiladeiros, centenas de cobras e escorpiões, árvores gigantescas e milhões de mosquitos transmissores de malária. Antes de terminadas as obras, 3,6 mil homens estavam mortos, 30 mil hospitalizados e uma fortuna em dólares desperdiçada na selva. Ao escolher os episódios mais macabros e inacreditáveis dos registros históricos dos cinco anos da construção da ferrovia e concentrando-os em três meses de pesadelo, Márcio Souza força o leitor - neste momento já quase um personagem emaranhado na vegetação - a confrontar o inferno. Mad Maria  é um romance amargo e vingador, sarcástico, í s vezes. Uma obra-prima da literatura brasileira. Márcio Souza nasceu em Manaus em 1946. Formado em Ciências Sociais pela USP, começou a vida profissional no cinema, como crí­tico, roteirista e diretor. Tem uma sólida carreira como dramaturgo, autor de peças como Ação entre amigos e Tem piranha no Pirarucu. Galvez Imperador do Acre marca a estréia literária em 1976. Sua carreira como escritor já conta com mais de vinte tí­tulos, entre eles O fim do terceiro mundo, Lealdade, Desordem e Entre Móises e Macunaí­ma. Desde 1995 é presidente da Funarte. "A ironia amarga de Márcio Souza germina diretamente do coração das trevas." The New York Tikmes Book Review "Epopéia í s avessas, romance notável de um Márcio Souza crescentemente mestre de seu ofí­cio e transbordante de talento, Mad Maria é um faroeste à medida brasileira: sem ilusões, vigilante e pontiagudo como uma flecha na noite escura." Folha de São Paulo
Autor: Márcio Souza

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Resenha de Mad Maria (clikc no link) de  Divino Litria Nascimento

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Mad Maria - Márcio Souza - resumo
Adaptado de Rodrigo Cunha
No final do século XIX e início do século XX, os trilhos de ferro que começavam a cortar o continental território brasileiro e a fumaça das locomotivas que passavam por eles - carinhosamente chamadas de Marias - simbolizavam de certa forma a chegada do progresso ao país. A louca Maria do título desse romance do amazonense Márcio Souza sintetiza a insanidade de um malogrado projeto ferroviário que estendia essa idéia de progresso para uma desconhecida e imprevisível região da floresta amazônica.
Após os conflitos entre brasileiros e bolivianos pela ocupação de uma região que corresponde ao atual estado do Acre, o governo brasileiro se comprometeu através do Tratado de Petrópolis, assinado por Brasil e Bolívia em 1903, a construir uma ferrovia desde o porto de Santo Antônio, no rio Madeira, em Mato Grosso, até Guajará-Mirim, no rio Mamoré, com um ramal que chegasse à Vila Bela, na Bolívia. O edital de concorrência pública para construção da ferrovia foi publicado em 1905 e vencido pelo engenheiro Joaquim Catrambi, mero testa-de-ferro do grupo norte-americano que se encarregou de construir a estrada de ferro Madeira-Mamoré entre 1906 e 1912.
Em Mad Maria, o romancista Márcio Souza - que também fez filmes e peças de teatro sobre a região amazônica - conta, em forma de ficção, as desventuras dos homens que trabalharam na etapa final da construção da ferrovia. O ponto de partida da narrativa é o verão de 1911, quando o jovem médico de origem irlandesa Richard Finnegan, começa a trabalhar na enfermaria do acampamento onde vivem os trabalhadores da Madeira-Mamoré Railway Company. O calor infernal e sua luta com os escorpiões que apareciam após as rápidas chuvas de verão eram apenas o prenúncio do que ele viveria a partir de então e o levaria, senão à loucura sintetizada na locomotiva que reina sobre os trilhos que ligam o nada a parte alguma - segundo o colérico engenheiro inglês Stephan Collier, que chefia as obras - à dureza de caráter, passando a encarar como rotina os óbitos de trabalhadores que ele atestava e registrava metodicamente em seus relatórios, e a lidar, ao final da narrativa, com os mesmos métodos de intimidação bélica que Collier adotava diante das insanas e freqüentes brigas entre os trabalhadores de diferentes nacionalidades.
Dentre os episódios que vão endurecendo o caráter do jovem Finnegan e que ilustram a crua violência que permeia grande parte da narrativa estão as mortes por malária de trabalhadores que vendiam a sua dose de medicamento preventivo para ganhar um pouco mais do que o salário miserável que recebiam da companhia, e o seqüestro do médico por trabalhadores alemães que, após uma tentativa de greve frustrada, resolvem fugir do acampamento e o levam como refém, amarrado dentro de um tonel de gordura carregado por uma mula.
A violência aparece mais explicitamente em cenas fortes como a do negro de Barbados que decepa um alemão que o acusa de furto e tenta matá-lo, e a do índio que tem suas mãos amputadas após ser descoberto como o verdadeiro responsável pelo desaparecimento de objetos pessoais de irrisório valor material no acampamento, que provocava desavenças entre os trabalhadores. A vida desses estrangeiros recrutados para a construção da Madeira-Mamoré se tornou tão desvalorizada pelo baixo salário e pelas péssimas condições de trabalho e de acomodação que eles chegam facilmente à insanidade de - literalmente - perder a cabeça por causa de uma simples camisa ou de se arriscar a contrair malária, abrindo mão do medicamento diário em troca de algum dinheiro extra.
Além do rastro de mortes deixado pela construção da ferrovia, há contrapontos na narrativa que atenuam o ambiente de insanidade infernal no acampamento. Até o sisudo engenheiro Collier, com seu ácido humor inglês, nos diálogos com o amigo Thomas, o maquinista norte-americano que trabalhou com ele em outras empreitadas, se torna uma pessoa amável. O contraponto mais nítido se personifica em Consuelo, a pianista boliviana que é levada ao acampamento após ser encontrada ferida e desacordada no meio da selva, e que uma vez alojada na enfermaria, mantém uma relação ambígua com o índio de mãos amputadas e com o jovem e metódico doutor Finnegan.
A exemplo do que fizeram grandes nomes da literatura brasileira - como Antonio Callado, em Quarup, Rubem Fonseca, em Agosto, e Érico Veríssimo, em O Tempo e o Vento - o escritor amazonense Márcio Souza narra em Mad Maria um momento histórico do país, alternando a saga de personagens fictícios com a trama vivida por personagens reais, como o mega empresário norte-americano Percival Farqhuar, proprietário da Madeira-Mamoré Railway Company e de diversas concessões públicas no Brasil, entre portos, ferrovias e companhias elétricas. Essa trama envolve, além de Farqhuar, as altas esferas do poder público, incluindo o então ministro de Viações e Obras e futuro governador da Bahia, J. J. Seabra, com quem o empresário norte-americano "compartilha" uma amante. Esse, aliás, é um estereótipo usado por Souza para caracterizar as altas esferas do poder no universo do romance: nem mesmo o célebre jurista Ruy Barbosa, já septuagenário e em decadência política após perder a disputa da presidência para o Marechal Hermes da Fonseca, escapa de ter a sua amante.
Tirando alguns exageros, como a queda de árvores de cinco metros de raio (!) sobre os trilhos da ferrovia, e o hino norte-americano sendo tocado ao piano com os pés pelo índio de mãos amputadas, Mad Maria ainda assim é um bom romance que resgata esse trágico episódio envolvendo o capital estrangeiro tentando rasgar a selva com o progresso dos trilhos às custas de milhares de mortes. Entre os legados dessa empreitada norte-americana no Brasil está a cidade de Porto Velho, atual capital de Rondônia, erguida em 1907 durante a construção da Madeira-Mamoré e que substituiu a cidade de Santo Antônio como ponto inicial da ferrovia. Sucateada na década de 70, a estrada de ferro teve seus trechos iniciais recuperados para fins turísticos nos anos 80, mas hoje está totalmente desativada. A louca Maria, abandonada, há muito já não reina sobre os trilhos amazônicos e não joga sua fumaça pela selva desbravada.

 FONTE:  Rodrigo Cunha



 EDIÇÕES DE MAD MARIA 
SOUZA, M. Mad Maria. 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980. 346 p

SOUZA, M. Mad Maria. 2ed . Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980. 346 p.




Márcio Souza. Mad Maria. Círculo do Livro. 1980.  340p.

SOUZA, M. Mad Maria. 3. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1985. 349 p.

Márcio Souza. Mad Maria. Record. 2002. 1 ed (Record)  346 p.



Márcio Souza. Mad Maria. Record. 2005. 2 ed (Record) 

Editado em Novembro de 2012 - Agosto de 2014 - Agosto de 2018

JACK KEROUAC - ON THE ROAD - PÉ NA ESTRADA


Jack Kerouac - On the road - Pé na Estrada

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
{Predefinição:Texto imagem
Jack Kerouac por Tom Palumbo, próximo de 1956
Nascimento
12 de março de 1922
Lowell, Massachussets
Morte 21 de outubro de 1969
St. Peterburg, Flórida








As grandes viagens e escritos
Kerouac "começou" escrevendo um romance, The Town and The City, sobre os tormentos sofridos na tentativa de equilibrar a vida selvagem da cidade com os seus valores do velho mundo. Segundo relatado em seus diários, publicados em 2004, Kerouac tentou dar ao livro excessivo planejamento e regularização, o que tornou sua composição cansativa e desgastante. The Town and The City foi o seu primeiro romance publicado, porém não chegou a lhe trazer fama. Devido também à má experiência, passaria muito tempo sem publicar novamente. Durante o período que se sucedeu, criou os rascunhos de outras grandes obras suas - Doctor Sax e On the Road. Na tentativa de escrever sobre as surpreendentes viagens que vinha fazendo com o amigo de Columbia, Neal Cassady, Kerouac experimentou formas mais livres e espontâneas de escrever, contando as suas viagens exatamente como elas tinham acontecido, sem parar para pensar ou formular frases. O manuscrito resultante sofreria 7 anos de rejeição até ser publicado. Jack escrevia vários romances, que ia guardando em sua mochila, enquanto vagava de um lado a outro do país.
Escreveu Tristessa, obra sobre uma viciada em morfina que vive na Cidade do Mexico… É um romance triste, cheio de ensinamentos budistas, repleto de compaixão pelo sofrimento humano.

Viagens de Kerouac pela América.
A relação do escritor com Neal foi determinante para despertar em Jack sua vontade reprimida de botar o pé na estrada e desfrutar de uma liberdade ainda não experimentada. Os dois viajaram por sete anos percorrendo a rota 66, que cruza os EUA na direção leste-oeste, com descidas freqüentes ao México. Saíram de Nova York e cruzaram o país em direção a São Francisco. Nessa jornada baseou-se a obra On the Road, cujos protagonistas, Dean Moriarty e Sal Paradise, aludem a Cassady e ao próprio Kerouac.
No verão de 1953 Jack Kerouac envolveu-se com uma moça negra, experiência que usou para escrever em 1958 "Os Subterrâneos". Escrito em três dias e três noites, Os Subterrâneos foi gerado a partir do mesmo tipo de rompante inspiracional que produziu o grande clássico de Kerouac, On the Road (traduzido no Brasil em 1987 como Pé na Estrada, por Eduardo Bueno). Em 1955 Kerouac apaixonou-se por uma prostituta indígena chamada Esperanza.
Foi publicado pela primeira vez em 1960 e baseado em fatos biográficos.

O método de escrever inovador

Jack Kerouac escreveu sua obra-prima “On The Road”, livro que seria consagrado mais tarde como a “Bíblia Hippie”, em apenas três semanas. O fôlego narrativo alucinante do escritor impressionou bastante seus editores. Jack usava uma máquina de escrever e uma série de grandes folhas de papel manteiga, que cortou para servirem na máquina e juntou com fita para não ter de trocar de folha a todo momento. Redigia de forma ininterrupta, invariavelmente sem a preocupação de cadenciar o fluxo de palavras com parágrafos.
O material bruto que chegou às mãos de Malcom Cowley, da editora Viking Press, em 1957, deu trabalho. Os rolos quilométricos de texto tiveram de ser revisados, foram inseridos pontos e vírgulas e praticamente 120 páginas do original foram eliminadas. O estilo-avalanche de Jack tinha ainda um elemento intensificador. Ao contrário às idéias correntes, segundo as quais trabalhou em cima do livro sob o efeito de benzedrina, uma droga estimulante; Kerouac, em admissão própria, abasteceu seu trabalho com nada mais que café.


JACK KEROUACK - ON THE ROAD







Detalhes de Primeira Edição de On the road -
Editora: The Viking Press, New York em 1957.
O Preço de um exemplar desta primeira edição se estiver com a contracapa em bom estado e com dedicatoria pode atingir  - U$ 30.000,00

Detalhes para identificar a primeira edição de On the Road (Viking, 1957) 

A verdadeira primeira edição tem a contracapa (dustjacket) impressa em bandas de azul e vermelho em papel na parte da contracapa com a impressáo -  "From ON THE ROAD:"

Somente  7,500 copias foram impressas, algumas com adicional contracapas brancas (dustwrapper.
Detalhes da fichar do livro:
With title page date of 1957 and "Published in 1957 by the Viking Press, Inc. 625 Madison Avenue, New York 22" on the copyright page. With Copyright of 1955, 1957 by Jack Kerouac. Library of Congress Catalog Card Number: 57-9425.



EDIÇÕES EM INGLES DE ON THE ROAD




































ON THE ROAD [9780143105466 - HOWARD CUNNELL, ET AL. JACK KEROUAC (PAPERBACK) NEW















EDIÇÕES BRASILEIRA DE ON THE ROAD


Responsável por uma das maiores revoluções culturais do século XX, “On the Road”,  mantém intacta sua aura de transgressão, lirismo e loucura. Como o gemido lancinante e dolorido de “Uivo”, de Allen Ginsberg, o brado irreverente e drogado de “Almoço Nu”, de William Burroughs, ou a lírica emocionada e emocionante de Lawrence Ferlinghetti, “On the Road” escancarou ao mundo o lado sombrio do sonho americano. A partir da trip de dois jovens – Sal Paradise e Dean Moriarty –, de Paterson, New Jersey, até a costa oeste dos Estados Unidos, atravessando literalmente o país inteiro a partir da lendária Rota 66, Jack Kerouac inaugurou uma nova forma de narrar.Em abril de 1951, entorpecido por benzedrina e café, inspirado pelo jazz, Kerouac escreveu em três semanas a primeira versão do que viria a ser “On the Road”. Uma prosa espontânea, como ele mesmo chamava: uma técnica parecida com a do fluxo de consciência. Mas o manuscrito foi rejeitado por diversos editores e o livro foi publicado somente em 1957, após alterações exigidas pelos editores.A obra-prima de Kerouac foi escrita fundindo ação, emoção, sonho, reflexão e ambiente. Nesta nova literatura, o autor procurou captar a sonoridade das ruas, das planícies e das estradas americanas para criar um livro que transformaria milhares de cabeças, influenciando definitivamente todos os movimentos de vanguarda, do be bop ao rock, o pop, os hippies, o movimento punk e tudo o mais que sacudiu a arte e o comportamento da juventude na segunda metade do século XX.

Fonte: Adptdo de L & PM

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Jack Kerouac. On the road - pé na estrada. Editora Brasiliense. São Paulo. 1984 (1 edição brasilieria). 326 p. Tradução: Eduardo Bueno e Antônio Bivar
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Jack Kerouac. On the Road - Pé na Estada. Circulo do Livro. 1990. Tradução- Eduardo Buen. 322p.




Livro On The Road Manuscrito Original Jack Kerouac - Novo
Jack Kerouac. On the road - o manuscrito original. L & PM. Porto Alegre. 360 p. Tradução de Eduardo Bueno e Lúcia Brito.
ISBN 978.85.254.1848-7




Edição da LP & M : Do manuscrito original  de 1951 de On the Road. Este texto representa a expressão inicial, em toda sua força, da revolucionária estética de Kerouac, o ponto identificável no qual sua percepção temática e sua voz narrativa se uniram em uma explosão de energia criativa. Esta versão de On the Road é mais crua, mais selvagem e mais sexualmente explícita do que o romance conhecido por todos. Além disso, na versão do manuscrito original, Kerouac apresenta os personagens (inspirados nele próprio e nos seus amigos) com os nomes reais: Neal Cassady, Allen Ginsberg, William S. Burroughs e Jack, o que só reforça o poderoso e íntimo imediatismo do texto.



Jack Kerouac. On the road. L & PM. Porto Alegre. Tradução: Eduardo Bueno. 296 p. ISBN 978-85-254-2667-3
 
 

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Jack Kerouac. On the Road. L & PM. Porto Alegre. Coleção L&PM Pocket, v. 358. 384 p. Tradução de   ISBN 85.254.1320-8
ISBN-13 978.85.254.1320-8



Outras informações sobre o livro ON THE ROAD



O manuscrito original de On the Road foi datilografado em papel transparente e colado de forma continua como num pergminho esta em exposição em Londres até o dia 27 de Dezembro de 2012 (veja mais informações abaixo).

 On the Road: Jack Kerouac's manuscript scroll

Until Thursday 27 December 2012
On the Road is one of the defining books of the Beat Generation.
Written over a period of three weeks in April 1951 in manic bursts of what Allen Ginsberg referred to as ‘spontaneous bop prosody’, Jack Kerouac typed the manuscript on rolls of tracing paper, which he taped together into a long scroll to avoid replacing paper at the end of the page and interrupting his creative flow.
We are delighted to welcome the 120-foot-long scroll to London for the first time. It will be on display in a specially-constructed case, alongside sound and printed materials from the Library’s collection


Kerouac's Scroll on Exhibit at the British Library

The British Library is delighted to host Jack Kerouac’s 120-foot manuscript scroll of On the Road in London for the first time as part of a new exhibition opening tomorrow. On the Road: Jack Kerouac’s Manuscript Scroll explores the development of the novel that defined the Beat Generation and has become a classic of post-war American literature. The exhibition relaunches the Library’s Folio Society Gallery, which has been home to British Library exhibitions including The Worlds of Mervyn Peake and A Hankering after Ghosts: Charles Dickens and the Supernatural.

Written over a period of three weeks in April 1951 in manic bursts of what Allen Ginsberg referred to as ‘spontaneous bop prosody’, Jack Kerouac typed the manuscript of On the Road onto rolls of architects’ paper, having taped it together into a long scroll. This way, Kerouac would not have to replace paper at the end of each page or interrupt his creative flow. The product was a 120-foot long manuscript, which has toured states around the US and parts of Europe since 2004.

The Library has made a specially constructed display case to exhibit the scroll, which will show the first 50 feet of the story. There are clear differences between the manuscript and the published book - Kerouac uses the real names of his friends, rather than their character names, for instance, Allen Ginsberg is Allen Ginsberg, rather than Carlo Marx.

The scroll will be accompanied by first editions of other Beat classics, such as The Naked Lunch, from the British Library’s collections of American literature, as well as rare sound recordings of Kerouac, Ginsberg, Burroughs and other leading figures of the Beat Generation from the Library’s Sound Archive. These include a rarely-heard private recording of Neal Cassady, Kerouac’s model for the character Dean Moriarty, reading from Proust. The recording was originally made on paper recording tape on an Ekotape machine at the Cassadys’ home in San Jose in 1952. The paper tape is long-lost, but the tape cassette copy was donated to the Library by Carolyn Cassady, Neal’s former wife, in 2007.

Matthew Shaw, curator of the British Library's US collections, says: “We are really pleased to welcome Jack Kerouac’s famous 120-foot long scroll to London for the first time. The Library has tailor-made a display case for the manuscript, which give visitors the chance to see the scroll stretching out before them and to take their own reading journey along it. The scroll will be contextualised by a fascinating mix of Beat and jazz recordings drawn from the Library's extensive sound collections, along with a selection of important items from our wonderful collection of American materials.”

The Library receives the On the Road scroll just before Walter Salles’ film adaptation of the novel is released in cinemas on 12 October. A special preview of the film will be held in the Library’s conference centre. In addition, the Library will host a talk exploring Kerouac’s ‘great year of enlightenment’, 1951, by Beat scholar and editor of On the Road: The Original Scroll, Howard Cunnell, plus a performance by the world-renowned poet Amiri Baraka, formerly known as LeRoi Jones.

Pioneering US composer and Kerouac collaborator, David Amram, will launch the exhibition and will perform with a jazz trio at the British Library.